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abr 15, 2017
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Gestão em São Bernardo completa 100 dias economizando cerca de R$ 1 milhão ao dia

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O prefeito de SBC, Orlando Morando divide o seu trabalho entre seu gabinete e a visita a obras

A Prefeitura de São Bernardo, sob gestão de Orlando Morando, completou, no último dia 10 de abril, 100 dias de trabalho, apresentando economia de R$ 100 milhões nos cofres públicos. O resultado é a conta exata de R$ 1 milhão por dia, que foi obtida, segundo Morando, obedecendo rigorosamente ao plano de austeridade fiscal, que inclui cortes nos gastos, contingenciamento no orçamento e congelamento nos cargos comissionados. Mesmo com o intenso plano de contenção financeira, a nova gestão em São Bernardo fecha o período de avaliação com muitas conquistas, distribuídas por inúmeros setores. Na Educação, foi implantado o Programa “Educar Mais”, que inseriu escolas em tempo integral na cidade. Na Saúde, foi instituído o “Saúde Prioridade”, que estabelece o fim da espera em exames. Foram entregues Praças, elaboradas novas leis (como a Parede Limpa, contra a Pichação), além de planos de Mobilidade Urbana, saneamento básico, Cultura e Esporte. Ao fechar o período, Morando se diz satisfeito, mas enfatiza novos desafios. “Após a conclusão destes 100 primeiros dias, vamos lançar o plano de 200 dias de gestão. O que foi realizado até o momento, corresponde a uma demanda estabelecida. Agora, a equipe do governo vai receber ações para o futuro planejamento. E essa será a tônica da gestão. Meta por meta. Fazendo igual a iniciativa privada”, destacou Morando. Abaixo a entrevista na íntegra com o prefeito de São Bernardo, sobre 100 dias de gestão.

 

Tribuna do ABCD – Ao completar 100 dias de gestão, o senhor anunciou que foram economizados R$ 100 milhões nos cofres públicos de São Bernardo. Como foi possível alcançar esta marca, tendo em vista que foi herdado pelo município R$ 200 milhões em restos a pagar?
Orlando Morando – Respeito com o dinheiro público. Elencar aquilo que é prioridade. Austeridade com os gastos e corte de desperdício. Com a renegociação de contratos com empresas prestadoras de serviços foram retraídos R$ 30 milhões. Diminuição do repasse ao Consórcio, mais R$ 7,5 milhões. Com cargos comissionados (R$ 27,6 milhões); descontos em contratos vigentes (R$ 17 milhões); devolução dos carros oficiais (R$ 5,1 milhões); redução das horas extras (R$ 6,2 milhões); diminuição de consumo de água (R$ 4,5 milhões); suspensão da verba de Carnaval (R$ 1,2 milhão); redução dos imóveis alugados (R$ 1 milhão); corte de celulares corporativos (R$ 120 mil) e mudança para formato eletrônico do Diário Oficial do Município (R$ 900 mil). Ao todo, foram R$ 101,2 milhões retidos. Herdei um montante de R$ 200 milhões em restos a pagar e, seguindo esta função, conseguimos quitar parte da dívida e com descontos, que somam R$ 19 milhões. E o trabalho não termina. O nosso processo de corte vai continuar.
Tribuna – O senhor consegue prever se este plano de austeridade vai perdurar? Por quanto tempo?
Morando – Os cortes maiores foram feitos em nosso início de trabalho. Passei a peneira grossa. Agora, falta a média e a fina. Então, vai continuar sendo tudo bem controlado. O dinheiro público precisa ser muito respeitado e bem investido.
Tribuna – Em meio aos problemas da crise econômica, a gestão conseguiu apresentar a conclusão de obras e projetos. Como o senhor descreve este planejamento?
Morando – Nós não temos as questões financeiras saneadas por inteiro. Me faltam recursos para a conclusão do ano fiscal. O que temos feito, em meio a isso, é parcerias, utilizando mão de obra da própria Prefeitura. Um exemplo foi à revitalização da Praça Lauro Gomes (no Centro). Não gastamos nada novo. Foram os próprios funcionários da administração e o material da administração. Mesma situação com a reforma da Praça Cohap (Antonio Rodrigues Filho, no bairro Assunção). No Programa Educar Mais, estamos utilizando a própria rede municipal. Agora, na Saúde, vamos gastar porque será utilizada a rede particular para o programa de zerar filas nos exames. No entanto, vale o empenho.
Tribuna – Qual a maior dificuldade que o senhor sentiu nestes 100 dias?
Morando – A máquina pública, essencialmente, é burocrata. É uma burocracia, por si próprio. Maior desafio é tratar com prioridade o que é prioridade. Se deixar algo solto, nada anda. Por exemplo, a retomada do Vera Cruz (Pavilhão e estúdio que estava sob concessão). A Praça Lauro Gomes. Identificamos as urgências e colocamos em prática com prioridade. Nós estamos tentando superar, trabalhando muito. O que nos permite apresentar este resultado é uma boa equipe. Considero que as pessoas que estão aqui na administração são profissionais muito bons. Secretariado, funcionários públicos, todos comprometidos. Este apoio do funcionalismo tem sido determinante. Junto com isso, é acordar focado e se manter assim. Se tivéssemos um superavit nos ajudaria a fazer mais. Estamos realizando sem ter. Liberamos vias importantes, como a Avenida Aldino Pinotti, Alameda Gloria e Avenida José Odorizzi. Estamos tirando o nó, que a sociedade reclamava.
Tribuna – Neste período, foram instituídas leis (Parede Limpa e das Concessionárias). Como o senhor defende a importância destes novos dispositivos?
Morando – Foram iniciativas importantes. Por exemplo: sempre tive o desejo de que as concessionárias das Estradas poderiam compartilhar das despesas hospitalares, em situações de acidentes com vítimas. Isso porque a rodovia é paga com o dinheiro da sociedade. A Lei Parede Limpa: Me constrange ser prefeito de uma cidade que está toda pichada. Principalmente, prédios públicos. Então, multa para punir quem cometer a infração e mutirão para limpar. Já chegamos a 60 próprios públicos recuperados. Ao todo, foram elaborados e aprovados 21 projetos de Lei, que seguem a premissa de preservar o interesse do cidadão de São Bernardo.
Tribuna – Dentro dos 100 dias, o senhor apresentou novos programas. Como os descreve e prevê a funcionalidade?
Morando – Na Educação, foi ousado. Conseguimos, de maneira pioneira, implantar horário integral, aumentando a grade de cinco para nove horas, por meio do Educar Mais. Mais de 1.200 crianças contempladas neste primeiro momento. Na Saúde, foi o “Saúde Prioridade”, para acabar com a fila de espera em exames. Uma iniciativa que envolveu o setor privado. No primeiro dia de gestão, começamos com o “Nova São Bernardo”, ação de zeladoria que fez intervenções nos bairros. Na Habitação, o destaque ficou para a “A Casa é Minha”, que efetuou a regularização de mais 100 moradias no município. Todas estas ações foram bem efetuadas e pensadas para a execução e mostram bons resultados.
Tribuna – E nos outros setores, o que destacaria?
Morando – No desenvolvimento econômico, conseguimos mais postos de trabalho, articulando a chegada de novas empresas. Em Cultura, efetivamos o Festival de Verão do Riacho Grande, de maneira inédita, e sem custos para a Prefeitura. No Esporte, boas conquistas. Trouxemos os super campeões (os irmãos Hypolito, Daniele e Diego, da Ginástica) e reformamos o campo do Jardim do Lago. Na Vigilância, lançamos o “São Bernardo Contra a Dengue”, ação pioneira na região este ano. Um serviço importante foi a rede de esgoto no Jardim Jussara. E outro plano que gostei muito e deu resultado foi a inauguração da sala de partos humanizados no HMU, que em 50 dias, realizou 100 partos.
Tribuna – Como o senhor define a relação do Executivo com o Legislativo?
Morando – A Câmara tem sido uma importante aliada. Cumpre o que a Constituição diz. Mantém os poderes independentes, mas com uma boa harmonia. Que nos permite ousar em bons projetos de lei. A relação com o Parlamento permeia por um bom respeito. Eu preciso entender e faço isso porque fui parlamentar. Então, tem ocorrido tudo bem.
Tribuna – Qual o grau de satisfação que o senhor vê com o trabalho realizado até o momento?
Morando – A satisfação que tenho é de ver a casa sendo colocada em ordem. Arrumar contratos que consideramos ruins para o serviço público, pagar as dívidas e saber que a população continua acreditando no projeto que propomos de mudança. Encontrar as pessoas na rua e ver que as pessoas entendem que assumimos uma cidade com dificuldades financeiras e estamos nos esforçando.
Tribuna – Passado agora esta etapa de 100 dias, quais são os próximos desafios? O que a população de SBC pode esperar do governo?
Morando – Vamos continuar gerando emprego. Duas novas empresas chegaram ao município, em meio à crise econômica. Vou manter essa minha obsessão de continuar trazendo empresas para a cidade, apresentando planos de incentivos. Espero que a economia apresente uma reação no cenário nacional. Temos muito de fazer na Segurança Pública, estamos focados. Zerar filas na Saúde. Criamos este programa e vamos acompanhar de perto. E agora, vou lançar o Programa 200 dias. O que foi realizado até o momento, corresponde a uma demanda estabelecida. Agora, a equipe do governo vai receber ações para o futuro planejamento. E essa será a tônica da gestão. Meta a ser cumprida por meta. Fazendo igual a iniciativa privada.

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