Muitas vezes, precisamos de tão pouco e esse pouco significa tudo! Um abraço!!!
Cabe o conforto das pessoas que amamos, o enxugar de lágrimas, o alívio depois de um grande problema, o bem-vindo ou o até logo ao ver alguém chegando ou partindo. Em um abraço cabe tudo isso e muito mais. Além da sensação de acolhimento, o abraço libera hormônios no cérebro ligados ao prazer e bem-estar.
Fechamo-nos em nosso mundo, ao nos acostumarmos com determinadas sensações, a estar perdidos, a chorar sozinhos e a não enxergar, com todas as nossas dores, gritantes internamente e silenciosas por fora, presas em nossas almas, sem que ninguém nos toque, nos incomode, nos desperte, que seja capaz de estimular esses nossos sentimentos que tanto nos incomodam.
Essa transformação, entretanto, só é possível se estivermos abertos para a mão que toca, o olhar que afaga, a palavra que cala, e o silêncio que fala, porque quando nos abrimos, já não estamos perdidos, já não há escuridão e o mundo, em sua plenitude e vastidão, cabe dentro de um abraço. Um abraço é sempre quente, é sempre seguro, o melhor lugar do mundo que podemos oferecer para uma criança inocente, para um idoso carente, para alguém apaixonado, para um adolescente confuso, para um doente, para alguém solitário. Tudo o que você pensa e sofre, dentro de um abraço se dissolve.
O futuro não amedronta se oferecermos uma abraço aconchegante a um recém-nascido, para um recém-chegado, para um recém-demitido, para um recém-contratado.
Dentro de um abraço nenhuma situação é incerta, voz nenhuma se faz necessária, pois está tudo dito.
Um abraço sincero pode não resolver problemas, mas contribui muito na sustentação do ser que busca seu próprio equilíbrio. “Um abraço verdadeiro é algo inexplicável…
Abraçar é dizer com as mãos o que a boca não consegue, porque nem sempre existe palavra para dizer tudo. Mário Quintana)
*Noely Prieto prietonoely@bol.com.br
