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out 23, 2021
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Bispo Dom Cipollini celebra missa na Matriz pelos 73 anos da Autonomia de São Caetano

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O bispo diocesano Dom Pedro Carlos Cipollini vai presidir a Missa em Ação de Graças por mais um ano da Autonomia de São Caetano, na Matriz Sagrada Família, (Praça Cardeal Arco Verde), no Centro da cidade. O ato religioso será neste domingo, 24 de outubro, as 10 horas. “Sem Autonomia São Caetano não existiria”, mais do que um slogan essa frase é a mais pura realidade. Sem a luta dos líderes autonomistas, sem o plebiscito o município de São Caetano do Sul não teria surgido. Sua criação só foi possível após a decisão da maioria da população em votar no sim, naquele domingo, 24 de outubro de 1948. O interessante é que 20 anos antes o então distrito de São Caetano tentou ser desmembrado de São Bernardo do Campo. Sob a liderança do engenheiro Armando de Arruda Pereira os emancipacionistas criaram o São Caetano Jornal, que convocava a população para votar em seus candidatos a Vereador e a Juiz de Paz, nas eleições daquele ano. No entanto, os resultados não foram os esperados, e no dia 15 de janeiro de 1929, o coronel Saladino Cardoso Franco, era reeleito, pela sexta vez, prefeito do município de São Bernardo. E São Caetano continuaria a ser apenas, um de seus distritos, uma simples vila. A segunda tentativa – Na década de 1940, o sonho da emancipação voltou a empolgar os sancaetanenses, dando origem ao segundo movimento autonomista. Liderado agora, pelo Jornal de São Caetano e pela Sociedade Amigos de São Caetano, organizou-se, em 1947, um abaixo-assinado com 5.197 assinaturas, solicitando que a Assembleia Legislativa do Estado autorizasse a realização de um plebiscito. Neste movimento a luta era então para que o subdistrito São Caetano separasse de Santo André. O plebiscito realizado no dia 24 de outubro de 1948, apurou que 8.463 moradores eram a favor da Autonomia e só 1.029 eram contrários. No dia 24 de dezembro daquele mesmo ano, o governador do Estado de São Paulo, Adhemar de Barros, ratificou a decisão dos sancaetanenses, homologando a criação do Município de São Caetano, que recebeu o apêndice: do Sul para se diferenciar da cidade de São Caetano que já existia no Pernambuco. O primeiro prefeito – A instalação do Município aconteceu no dia primeiro de janeiro de 1949 e a primeira eleição para os cargos públicos definiu os vereadores que compuseram a primeira Câmara, e elegeu Ângelo Raphael Pellegrino como o primeiro prefeito. O primeiro presidente da Câmara Municipal foi Acácio Novaes. A posse dos dois poderes aconteceu no dia 3 de abril de 1949. Dos 95 líderes autonomistas, três ainda vivem, são eles Mário Porfírio Rodrigues, Desirée Malateaux Netto e Ettore Dal’Mas. A Cronologia da emancipação: – no dia 28 de julho de 1946 é lançado o Jornal de São Caetano, com o objetivo de divulgar os ideais autonomistas. – Em 2 de setembro de 1947, é fundada a Sociedade Amigos de São Caetano, criada para sustentar legalmente o movimento autonomista e encaminhar à Assembleia Legislativa o requerimento para a realização do plebiscito pela autonomia, de acordo com a lei orgânica dos Municípios. – Liderada pelo Jornal de São Caetano e pela Sociedade Amigos de São Caetano, tem início a árdua e empolgante Campanha Autonomista. A cidade transforma-se em palco de acirradas disputas, onde não faltam momentos dramáticos e tensos. As lideranças pró-autonomia multiplicam-se; homens e mulheres ostentam com fervor o ideal da liberdade administrativa. A cidade é só emoção. – Em 24 de outubro de 1948, o plebiscito é realizado após terem sido atendidas pela Assembleia Legislativa todas as exigências da Lei. Com o comparecimento de 9.550 eleitores, a apuração dos votos é feita neste mesmo dia, com 8.463 dizendo SIM, e 1.029 optando pelo NÃO. Diante desse resultado, a Assembleia Legislativa aprova a criação do Município. – Em 28 de novembro de 1948, é lançado o nome de Ângelo Raphael Pellegrino para disputar a eleição a prefeito, pela coligação formada pelos partidos: PSD, PR, PTN e PSP. – Em 9 de fevereiro de 1949 é lançada uma segunda chapa, para a candidatura do jovem médico José Luiz Fláquer Neto pelo PTB e PDC. – A primeira eleição para escolha do prefeito e dos vereadores do novo Município aconteceu no dia 13 de março de 1949. O resultado final da apuração registrou a vitória de Pellegrino (4.094 votos) contra Fláquer Neto (1.017 sufrágios). – Na manhã do dia 3 de abril de 1949, crianças dos grupos escolares na cidade e representantes dos clubes esportivos saem em desfile da Praça Ermelino Matarazzo, no Bairro da Fundação, dirigindo-se à Praça Cardeal Arco Verde, percorrendo as ruas enfeitadas e repletas de populares. Diante da Igreja Sagrada Família, o padre Ézio Gislimberti celebra missa em ação de graças pela Autonomia.- No mesmo dia, às 15h, no prédio da Câmara Municipal, provisoriamente instalado na Rua João Pessoa, 120, são empossados os vereadores eleitos: Geraldo Cambaúva, Arlindo Marchetti, Luiz Rodrigues Neves, Oswaldo Samuel Massei, Vitório Marcucci, Bento Vellanes Régis, José Lopes Filho, Antonio Dardis Neto, Jordano P. S. Vicenzi, Accácio Novaes, Alfredo Rodrigues, Mário Rades, Lauriston Garcia, Moysés Chapeval, Oswaldo Bisquolo, Concceto Constantino, Jacob João Lorenzini, Arthur Zago, Giácomo Garbelotto Neto, Genésio Carlos Alvarenga e Olga Montanari de Melo. – O juiz Plínio Gomes Barbosa empossa também os componentes da Mesa Diretora, o presidente da Câmara, Accácio Novaes e o prefeito, engenheiro Ângelo Raphael Pellegrino.

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