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abr 8, 2021
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Cai número de internados por Covid no Grande ABC

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Após mais de um mês com constantes altas, o número de pessoas internadas no Grande ABC para tratamento de Covid-19 registrou pequeno recuo de 5%. Dados coletados pela Reportagem com base nos boletins epidemiológicos diários divulgados pelas sete prefeituras mostram que até hoje havia 1.758 pessoas hospitalizadas em razão de infecção pelo novo coronavírus. Duas semanas antes, em 23 de março, o número era de 1.859.

Desde o dia 23 de fevereiro, analisando períodos de 14 dias, a região vinha registrando aumento seguidos no total de pessoas hospitalizadas. Algumas cidades tiveram em março o mês mais crítico da pandemia e, em Ribeirão Pires, quase durante o mês todo, a ocupação no hospital de campanha da cidade foi de 100%. Diadema e Mauá também viram o esgotamento das suas capacidades de internar as pessoas que precisavam e a região teve, até ontem, a morte de 124 pacientes que esperavam por um leito de internação por meio da Cross (Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde), sistema gerido pelo governo do Estado.

Especialistas ouvidos pelo Diário afirmam que, apesar dos números positivos, é preciso mais tempo para que se confirme a tendência de queda nos dados. Neurologista e neurocirurgião da Rede D’Or e do Hospital Israelita Albert Einstein, Wanderley Cerqueira de Lima apontou que a queda nos últimos 14 dias foi um recuo “estatisticamente insignificante”. “A resposta é simples. A gente sabe que existe uma pressão grande para a retomada das atividades, mas, pelos números, ainda não é a hora”, ressaltou o médico.

Lima apontou que, embora tenha sido registrado queda no número de pacientes internados, os sistemas de saúde seguem sob intensa pressão, com pacientes aguardando por leitos de internação por meio da Cross. “Um bom indicativo de que a pandemia está mais sob controle é quando essa fila estiver zerada. Quando isso vai ocorrer, não temos como prever”, avaliou Lima.

O neurologista lembrou que os novos subtipos do coronavírus têm maior capacidade de contaminação e têm feito com que mesmo pessoas mais jovens desenvolvam os tipos mais severos da doença. “É preciso uma consciência coletiva das pessoas para entender que ainda não é a hora de relaxar nenhuma medida”, concluiu.

O clínico geral Roberto Debski corroborou a fala de Lima e destacou que é preciso esperar mais tempo para que se confirme a aparente tendência de queda nos números de internações de pacientes contaminados pelo novo coronavírus. “Depois de duas ou três semanas de um período mais restrito é que começa a aparecer o resultado”, estimou, referindo-se ao megaferiado, por exemplo, que terminou no domingo e durou nove dias, ou seja, os frutos serão colhidos a partir do dia 18. “Acredito e espero que a gente continue observando essa tendência de quedas, em internações e óbitos, para que seja possível desafogar as redes de saúde”, comentou.

Debski pontuou que oscilações, com quedas e altas de números de internados, casos e óbitos, foram observados em diferentes partes do mundo, mas que a falta de uma coordenação central faz da situação brasileira mais grave do que em outros países.

O médico destacou que algumas informações confundem a população (como incentivo ao uso de medicamentos sem comprovação científica contra a Covid-19) e que falta comando central para o enfrentamento da doença, além de grande demora em termos vacinas em números expressivos, também devido à falta de gerenciamento. “Isso coloca o Brasil, um País continental, em uma situação bastante difícil”, finalizou Debski.

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