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mar 29, 2021
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Com feriado de nove dias, varejo do ABC teme queda nas vendas

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A antecipação de quatro fe­­­­riados na próxima semana, de­­­­terminada pelo Consórcio In­­­ter­municipal com o objeti­vo de reduzir a circulação de pes­so­­as no ABC e, com isso, conter o avanço da pandemia de co­vid-19, preocu­pa o comércio va­re­jista da região, que teme queda nas vendas em um cenário já de fraca atividade econômica.

A medida se somará ao feriado nacional da Sexta-feira Santa (2), o que resultará em um período de nove dias não úteis consecutivos.

Às restrições impostas pela fase emergencial do Plano São Paulo de combate à pandemia, o Consórcio acres­centou ou­tras medidas, como a antecipação do fechamento de atividades essenciais da 19h para as 17h (exceto farmácias, hospitais e la­boratórios) e a proibição da venda de bebidas alcoólicas (exceto nas realizadas por deli­very e drive-thru até as 17h).

Na fase emergencial, os shoppings ficam fechados, as atividades consideradas não essenciais não funcionam e restaurantes não podem atender presencialmente.

Para a Câmara de Dirigentes Lojistas de São Caetano (CDL), a decisão impacta negativamen­te o setor varejista da re­gião.

“Apenas a antecipação das datas não é o suficiente para a contenção da covid-19. Além disso, a medida aumenta de forma significativa o custo de pequenos e médios empresários”, comentou o presidente da CDL de São Caetano, Alexandre Damasio.

O dirigente entende que, além de impactar no de­sempe­nho do setor no curto pra­zo, a medida pode adiar a recuperação da economia quando a pandemia for controlada.

“Em tempos sem pande­mia, essas datas aquecem a economia por meio do turis­mo, (do consumo em) bares e restaurantes. Quando tiramos a possibilidade de ter feriados mais para frente, no momento em que esperamos que a maior parte da população já esteja vacinada, a retomada econômica será postergada”, argumentou Damasio.

O presidente exe­cuti­vo da Coop, Marcio Valle, entende que a redução no horário de funcionamento dos supermercados “não é uma boa solução”, porque tende a concentrar o fluxo de clientes nos estabeleci­mentos, que terão mais gente circulando ao mesmo tempo. “Vamos abrir mais cedo para evitar aglomerações”, disse.

O executivo reconheceu, po­rém, que o distanciamento social é, neste momento, a única forma de conter a covid-19.

O varejo lamenta ainda que o megaferiado coincida com o período que antecede à Pás­coa, importante data pa­ra o setor no primeiro semes­tre, em função das vendas de ovos de chocolate e pescados.

Para a Associação Comercial e Industrial de São Bernardo (Acisbec), delivery e dri­ve-thru são as oportunidades que res­taram aos estabelecimentos que tentam so­breviver à cri­se.

“Neste ano, os pequenos empreendedores terão de se atentar às vendas on-line – não apenas pelo momento, mas porque o consumidor está mais adaptado a essa modalidade de compra”, explicou o presidente da Acisbec, Valter Moura.

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