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abr 27, 2020
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Coronavírus derruba preço da gasolina no ABC ao menor patamar em 28 meses

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A queda nas vendas decorrente da quarentena imposta no Estado de São Paulo para conter o avanço do novo co­ro­na­ví­rus e o “derretimento” das co­tações do petróleo no mercado internacional derrubaram os preços da gasolina nos postos de combustível do ABC ao menor patamar em 28 meses.

Na semana passada, a ga­solina era vendida, em média, a R$ 3,92 o litro nos esta­be­lecimentos da região, segun­do levantamento re­a­lizado pe­la Agên­cia Nacional do Pe­tróleo, Gás Natural e Biocombustí­veis (ANP), com da­dos compi­la­­dos pelo Diário Regional.

Tra­­ta-se da sexta redução se­ma­nal consecu­tiva e o me­nor va­­lor des­de a pesqui­sa fei­ta nos últimos dias de 2017, quando o produto era comer­cializado a R$ 3,906. Desde a segunda semana de março, o preço médio da ga­solina caiu 10% no ABC.

Ainda segundo a ANP, o derivado do petróleo era vendida na semana passada na região por valores entre R$ 3,449 e R$ 4,599.

A queda nos preços é em parte explicada pela forte re­dução na demanda decorrente da quaren­tena. Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do ABCDMR (Regran), Wagner de Souza, o recuo nas vendas chega a 70%. “Estamos trabalhando com 30% da capacidade. Postos que antes ven­diam 10 mil litros (de combustível) por mês ho­je co­mercializam 3 mil”, revelou.

O movimento também reflete a queda nas cotações do petróleo no mercado internacional, o que levou a Petrobras a reduzir os preços dos combustíveis (gasolina, diesel e gás de cozinha) nas refinarias.

Desde o início deste ano, o preço da gasolina vendida pela Petrobras às distribui­doras baixou 50% – porcentual que inclui a redução de 8% anunciada pela estatal na última segunda-feira (20).

O etanol, por sua vez, foi vendido, em média, a R$ 2,66 o litro no ABC, menor valor desde ju­lho do ano passado. Nas últimas seis semanas, segundo a ANP, o renovável ficou 14,1% mais barato.

Ainda segundo a agência, o renovável era vendida na semana passada no ABC por valo­­res entre R$ 2,199 e R$ 2,999.

Desde o início deste mês, o etanol é vantajoso para do­nos de carros flex, pois custa atualmente o equi­va­lente a 67,9% do preço da gasolina. O renová­vel é competitivo quando a paridade é inferior a 70% e a gasolina, acima de 70,5%.

SITUAÇÃO CRÍTICA

O presidente do Regran avaliou como “crítica” a situa­ção dos cerca de 400 postos de combustível dos sete municípios. “A situação piora a cada dia, porque a estrutura é cara e os postos estão se descapitalizando. Vai chegar o momento em que a quebradeira será inevitável”, disse.

Na última quarta-feira, Souza participou de videoconfe­rência realizada pelo Consórcio Intermunicipal ABC com representantes de mais de 30 entida­des, entre associações co­mer­ciais e sindicatos patronais, na qual defendeu a flexibilização do isolamento social e a reabertura do comércio.

O presidente do Regran ex­plicou que o movimento nos postos só vai se recuperar quando outras atividades não essenciais tiverem o funcionamento permitido. “É preciso que o co­mércio seja autorizado a funcionar para que haja mais circulação de pessoas e veículos – desde que, é claro, não haja sobrecarga nos hospitais. O primeiro lugar é sempre o cuidado com a vida.”

Souza disse que parte dos postos aderiu à Me­dida Provisória 936/2020, que prevê a redução de jornada e salários e a suspensão dos contratos de trabalho para preservar empregos. O setor emprega cerca de 4 mil pessoas na região.

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