A grave seca no país neste ano deixou a energia elétrica mais cara. Neste mês, a bandeira vermelha patamar 2 passou de R$ 6,24 para R$ 9,49 por 100 kWh consumidos, e pode subir novamente para R$ 11,50.
Mas a conta de luz também ficou mais cara por outro motivo: o reajuste anual das tarifas das concessionárias de energia elétrica. De janeiro até o último dia 6, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) atualizou os preços cobrados por 31 distribuidoras que atendem municípios de 14 estados brasileiros.
Os outros estados ainda não tiveram reajustes, mas terão. Segundo a Aneel, as demais empresas de outros estados que ainda não passaram pelo processo de reajuste tarifário terão os preços revisados ainda neste ano, nas datas previstas nos seus contratos de concessão. O aumento médio repassado aos consumidores das empresas que já tiveram as tarifas corrigidas varia de 1,28% a 15,29%.
Por que o preço subiu?
O motivo para as revisões tarifárias pode variar de empresa a empresa, conforme os custos envolvidos para a oferta de energia no período.
Inicialmente, a Aneel realiza uma audiência pública, na qual são apresentadas propostas para os reajustes dos índices. Após análise é que são fixados os valores definitivos e as datas em que os novos preços entram em vigor. Entre os principais fatores para a atualização das tarifas em 2021, a Aneel cita: Custos com encargos setoriais Despesas de transporte, aquisição e distribuição de energia Créditos de PIS/COFINS Efeitos do IGP-M Empréstimo da Conta-Covid (financiamento criado na pandemia) Cada companhia é mais ou menos impactada por alguns desses fatores e, por isso, o tamanho da revisão das tarifas não é o mesmo para todas.