A Air Liquide Brasil, empresa do Polo Petroquímico do ABC especializada na produção de gases industriais, inicia neste mês a operação de sua nova planta de liquefação de gás carbônico (CO2), fruto de investimentos de R$ 40 milhões.
A unidade vai captar o CO2 gerado pela Oxiteno, fabricante de especialidades químicas também instalado no Polo. O gás será purificado e disponibilizado na forma líquida, a fim de que possa ser reutilizado em atividades industriais.
O projeto se destaca pelo viés sustentável: estima-se que a nova planta terá capacidade para absorver 20 mil toneladas de CO2 ao ano, evitando a dispersão deste que é um dos gases que provocam o efeito estufa. Para absorver o volume de gás carbônico que será processado anualmente pela unidade seriam necessárias mais de 142 mil árvores.
Segundo a empresa, o gás carbônico processado na nova planta poderá ser usado, por exemplo, na carbonatação de bebidas e no preparo de misturas gasosas aplicadas em várias atividades industriais. O produto atenderá ainda aos padrões de qualidade para uso alimentício estabelecidos na norma internacional ISO 22000.
O diretor geral da Air Liquide Brasil, Alexandre Bassaneze, afirmou que a planta de liquefação de CO2 vai atender à crescente demanda do mercado por unidades industriais capazes de “transformar” o gás carbônico para a forma líquida, promovendo sua correta destinação final.
“Mesmo com a crise gerada pela pandemia de covid-19, seguimos com o projeto, que está sendo entregue sem atrasos. A nova unidade vai ampliar a disponibilidade de CO2 e suprir, inclusive, eventuais lacunas geradas pela interrupção dessa atividade nesse momento de crise sanitária”, disse Bassaneze.
O projeto foi anunciado em março do ano passado. À época, a Air Liquide informou que a planta aumentaria sua capacidade de produção de CO2 em 20%.