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jun 2, 2021
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Gasolina sobe 44,5% em um ano e passa de R$ 5 na região

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No período de um ano, o litro da gasolina encareceu 44,56% nos postos do Grande ABC e alcançou a média de R$ 5,37. A alta é resultado da desvalorização do câmbio e do aumento do valor no barril de petróleo. Álcool e diesel também sofreram reajustes, o que deixa o consumidor sem saída na hora de abastecer.

De acordo com levantamento feito pela equipe, com base nos dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), colhidos na última semana, o litro da gasolina já pode ser encontrado por até R$ 5,89, dependendo do estabelecimento e da cidade. Na comparação com a mesma semana de 2020, o litro de gasolina era encontrado por R$ 3,72, em média, ou seja, R$ 1,65 a menos.

O aumento percentual do combustível representa quase sete meses a inflação no período de 12 meses até abril, atualmente em 6,76% segundo o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).

O aumento dos preços é resultado da “recuperação dos preços do barril de petróleo, da política de realismo tarifário da Petrobras e da alta do dólar”, afirmou o coordenador do curso de administração do Instituto Mauá de Tecnologia, Ricardo Balistiero.

Ontem, por exemplo, o barril de petróleo foi negociado na casa dos US$ 70 no mercado internacional, sendo que no início do mês custava US$ 67. Instituições financeiras internacionais já preveem que o valor chegue a US$ 80 até o fim do ano. Como o real é uma das moedas que mais se desvalorizaram frente ao dólar, o impacto para o consumidor final é grande.

Para o presidente do Regran (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do ABCDMRR), Wagner de Souza, o etanol também ajudou no aumento de preços da gasolina, já que há porcentagem do anidro no combustível fóssil. “Mesmo que seja utilizada pequena quantidade, o aumento do etanol foi grande (leia mais abaixo). Então, acaba sendo mais um fator que interferiu nos preços nesse período”, disse.

A Petrobras alega que os valores praticados buscam equilíbrio com o mercado internacional e acompanham as variações do valor dos produtos e da taxa de câmbio, para cima e para baixo. Os reajustes são realizados a qualquer tempo, sem periodicidade definida, de acordo com as condições de mercado. Isso possibilita à companhia competir de maneira mais eficiente e flexível e evita o “repasse imediato da volatilidade externa para os preços internos”, de acordo com a companhia. O preço final também é composto por impostos e margens.

OUTROS COMBUSTÍVEIS

No período de um ano, o etanol encareceu 75,14% e o diesel, 42,61%. Porém, ambos ainda custam menos do que a gasolina. “Este é um período de entressafra e o preço do etanol deveria estar caindo. Mas é um ano de estiagem e há uma oferta menor, já que o açúcar está em alta no mercado internacional e os usineiros acabam destinando a produção para isso”, disse Balistiero.

Sem alternativas, o consumidor ainda precisa desconfiar de preços muito baixos por risco de combustível adulterado.

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