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mar 4, 2021
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GM põe funcionários em lay-off por falta de peças para carros

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A General Motors vai suspender por dois meses um turno de trabalho na fábrica de São José dos Campos (SP) e colocar 600 trabalhadores em suspensão temporária de contratos (lay-off). O motivo é a falta de componentes para a produção, especialmente eletrônicos. É a segunda planta do grupo a adotar a medida.

O mesmo ocorrerá em Gravataí (RS), onde trabalhadores entraram em férias coletivas na última segunda-feira (1º) e, na sequência, uma parte deles ficará em lay-off. A Honda também suspendeu a produção em Sumaré (SP) e ficará parada por dez dias.

A GM informou a dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos ter peças para manter a produção em dois turnos só até dia 8. Por isso, que iniciou o lay-off na segunda-feira, com retorno previsto para 2 de maio.

O secretário-geral do sindicato, Renato Almeida, afirma que discutirá o tema com trabalhadores nesta terça-feira, e antecipa que defenderá a medida se a montadora se comprometer com a manutenção do emprego de todos os trabalhadores. A unidade produz a picape S10 e o SUV Traiblazer, além de componentes.

Almeida informa ainda que a GM contratou 300 trabalhadores temporários (por seis meses) no início do ano e estava ampliando a produção, principalmente da S10, que tem fila de espera nas lojas de 90 dias. Porém, a falta de componentes, em especial semicondutores, atrapalha o ritmo de produção.

O complexo de São José dos Campos emprega cerca de 3,5 mil trabalhadores e já tem um grupo de 368 funcionários em lay-off há quase um ano, com retorno previsto para 8 de abril.

Em nota, a GM repetiu comunicado feito na semana passada sobre Gravataí. “A cadeia de suprimentos da indústria automotiva na América do Sul tem sido impactada pelas paradas de produção durante a pandemia e pela recuperação do mercado mais rápida que o esperado”, informa. “Isso tem o potencial de afetar de forma temporária e parcial nosso cronograma de produção e estamos neste momento trabalhando com fornecedores, sindicato e outros parceiros de negócios para mitigar os impactos gerados por esta situação.”

Na unidade gaúcha, onde é produzido o Onix, carro mais vendido no país, cerca de 4 mil funcionários dos dois turnos de trabalho da GM e das autopeças que atuam dentro do complexo entraram em férias coletivas por 20 dias desde esta segunda-feira. Depois, parte deles ficará em lay-off por dois a cinco meses, informa Valcir Ascari, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí.

Na planta de São Caetano, onde são feitos os modelos Tracker, Joy, Montana e Spin, não há conversas, no momento, sobre paradas.

O problema de falta de chips é global em razão da suspensão de pedidos das montadoras no meio da pandemia em 2020. As fabricantes asiáticas direcionarem vendas para empresas de eletroeletrônicos, enquanto as montadoras retomaram a produção em níveis acima do esperado começou a ocorrer o desabastecimento. Várias fábricas já pararam na Europa, EUA, América Latina e na própria Ásia.

A expectativa da Renault é de normalidade no mercado a partir do segundo semestre. A fábrica do grupo no Paraná segue operando, mas o presidente da empresa, Ricardo Gondo, afirma: “Claramente, uma hora teremos problemas.”

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