banner
ago 17, 2021
697 Visualizações
0 0

Montagem baiana ‘Rio sem Margem’ utiliza símbolos da ancestralidade africana

Escrito por
banner

O espetáculo Rio sem Margem, do coreógrafo e bailarino Elísio Pitta, da Bahia, estreia no Festival Funarte Acessibilidança na próxima quarta-feira, 18 de agosto, às 20h. A montagem utiliza elementos da dança moderna, do teatro, da dança dos orixás, da capoeira e outros símbolos da ancestralidade africana. A obra é um dos 25 projetos contemplados pelo Prêmio Festival Funarte Acessibilidança Virtual 2020, que serão apresentados até outubro. A exibição em vídeo, gratuita e com audiodescrição e Libras, será realizada no canal da Funarte no YouTube. Todos os espetáculos já lançados ficam disponíveis em:  bit.ly/FunarteYouTubeFestivalAcessibiliDanca.

Rio sem Margem unifica dança, vídeo, projeção, cenário e interpretação corporal em Libras. O espetáculo foi elaborado, montado e encenado de forma remota. Segundo Elísio Pitta, cumprir o cronograma de ações foi um desafio e, ao mesmo tempo, uma fonte de descobertas. “Estudamos e construímos juntos sob uma narrativa virtual e de muita observação. Tivemos que aprender a respirar, a se adaptar, a testar novas formas de trabalho e a entender as limitações do outro”. E reforça: “Participar do Festival Acessibilidança é um dos pontos altos na nossa trajetória neste ano de 2021. Foi como um oásis em meio a este deserto de oportunidades que se instaurou em nossas vidas, como artistas e criadores da dança”.

De acordo com Elísio Pitta, a obra coreográfica pretende refletir sobre o momento atual e a vida diante da pandemia. “Há uma lenda africana que fala sobre um rio que tinha pavor de desembocar no mar, por medo de desaparecer. Esse medo o fez olhar para o passado e ver como foi a sua trajetória: as intermináveis curvas que fez, os morros que atravessou, os povoados que saciaram sua sede nele, os dias de verão em que muitos se divertiram no seu leito e tantas coisas que iriam se perder. Porém, ao chegar ao seu destino, descobre que era impossível retornar, já que ninguém pode retornar na existência. O rio entrou no mar seguindo o seu curso e, naquele momento, descobriu que não se tratava de desaparecer e, sim, de se tornar oceano.”

Nesta terceira etapa, o Festival Funarte Acessibilidança apresenta sete espetáculos da Região Nordeste. Estado de Apneia, do Rio Grande do Norte; Ensaio sobre o Silêncio, de Pernambuco; e Maré – Versão virtual e acessível, também do Rio do Grande do Norte, já estão na plataforma de vídeos. A agenda continua no dia 25 de agosto, com Plenitude, do Piauí. Em setembro, entram em cartaz: Ah, se eu fosse Marilyn!, da Bahia, no dia 1º; e Proibindo Elefantes, do Rio Grande do Norte, no dia 8. O festival teve início em junho, com grupos da Região Norte. No mês de julho, foi a vez da Região Sul mostrar os seus talentos.

Sobre Elísio Pitta

Coreógrafo, bailarino e professor, Elísio Pitta é especialista em Gestão Cultural, mestre em Artes Cênicas (MFA) pela University of British Columbia Okanagan Campus, do Canadá, e formado em Administração de Empresas pela Business Center Information Technology (BCIT), de Seattle. Possui 45 anos de experiência em atividades artísticas que abrangem as áreas de dança, música, teatro e cinema. Estudou e trabalhou com renomados mestres das artes em várias partes do mundo, como Mestre Waldemar da Paixão; Raimundo Bispo dos Santos, o Mestre King; Clyde Morgan; Lia Robatto; Maria Fux; Ruben Cuello; Alvin Ailey, Maurice Béjart e Neide Aquino. O bailarino atua como artista convidado em várias companhias fora do Brasil, são elas: Academia Miguel Angel Maguiña, do Peru; Ballet of the 20th Century, da Bélgica; Maria Fux Dance Company, da Argentina; Jeni LeGon Dance Ensemble; Marang Drum and Dance Ensemble; Pacific Motion Dance Center, do Canadá; Ocheami African Dance Ensemble; Spectrum Dance Theater, dos USA; Kinetika Arts Links Internacional, da Inglaterra, e Resurrection Dance Theater, do Haiti. Em 1986, fundou a Alujá Dance Company, grupo de dança moderna que excursionou pelos Estados Unidos, Canadá e México por cerca de 10 anos. É professor de Dança Moderna na Cia. Ballet Stagium, onde também atua como artista residente desenvolvendo o seu projeto Oficinas de Aceleração Técnica. Recentemente, criou o projeto Solos-Coletivo de Dança Contemporânea e é cofundador da plataforma E-Fórum Artes e Ideias.

O Festival Funarte Acessibilidança

O Festival Funarte Acessibilidança, em estreia na instituição, foi criado a partir das ações do Prêmio Festival Funarte Acessibilidança Virtual 2020. No concurso público, foram premiados 25 projetos de vídeos de espetáculos, que promovem o acesso de todas as pessoas à arte.

Com a iniciativa, a Funarte busca realizar novas ações a partir do uso das mais recentes tecnologias, estendendo, desse modo, um novo modelo para todo o Brasil. Assim, a Fundação reforça seu compromisso de promover e incentivar a produção, a prática, o desenvolvimento e a difusão das artes no país; e de atuar para que a população possa cada vez mais usufruir das manifestações artísticas. Criada em 1975, a Funarte segue, portanto, empenhada em acompanhar as transformações no cenário artístico e social.

O coordenador de Dança da entidade, Fabiano Carneiro, destaca a importância de se levar essa linguagem artística à população, durante o período de distanciamento social. “Estamos estreando o Festival Funarte Acessibilidança, um projeto inédito com foco na acessibilidade e na inclusão. Ao longo dos próximos meses, serão apresentados espetáculos de dança das cinco regiões do Brasil, plenamente acessíveis ao público, contemplando uma enorme diversidade na sua programação”, explica o coordenador.

O festival foi lançado no dia 16 de junho, com Lua de Mel, da Cia. Lamira Artes Cênicas (Tocantins). Na semana seguinte, foi exibido Maculelê: Reconstruindo o Quilombo, do Grupo de Dança Reconstruindo o Quilombo (Rondônia). Solatium encerrou a agenda das companhias da Região Norte. A segunda fase teve montagens premiadas da Região Sul. Flamenco Imaginário, da Cia. Del Puerto (Rio Grande do Sul), deu início à programação. Em seguida, Convite ao Olhar, da Cia. de Dança Lápis de Seda (Santa Catarina), foi disponibilizado. Do Avesso, do Grupo Nó Movimento em Rede (Paraná), fechou a temporada da região.

A terceira fase divulga os trabalhos da Região Nordeste. A estreia foi com Estado de Apneia, do Grupo Movidos Dança Contemporânea, do Rio Grande do Norte. Depois, foi a vez da montagem Ensaio sobre o Silêncio, de Pernambuco, e de Maré – Versão virtual e acessível, do Rio Grande do Norte. Segue agora com Rio sem Margem, da Bahia. A programação continua com a montagem Plenitude, do Piauí, no dia 25 de agosto. Ah, se eu fosse Marilyn!, da Bahia, será publicada no dia 1º; e Proibindo Elefantes, do Rio Grande do Norte, no dia 8, encerrando a etapa Nordeste do evento.

Os projetos contemplados nas demais regiões do País serão exibidos em seguida, até outubro, por meio do canal da Funarte no YouTube (bit.ly/FunarteYouTubeFestivalAcessibiliDanca). No decorrer das apresentações, o coordenador de Dança da Fundação, Fabiano Carneiro, participará de uma “live” com diretores e artistas de dança, além de convidados.

Festival Funarte Acessibilidança

Acesso gratuito, no canal: bit.ly/FunarteYouTubeFestivalAcessibiliDanca

Com audiodescrição e Libras

Espetáculo Rio sem Margem, do coreógrafo e bailarino Elísio Pitta (Bahia)

Dia 18 de agosto, quarta-feira, às 20h

Ficha técnica:

Intérprete-criador: Elísio Pitta | Encenador: Gatto Larsen | Direção de arte (cenários e figurinos): Alberto Pitta | Produção executiva: Aline Cléa / Produção de vídeo: Nina Novaes | Vídeos e imagens: Anderson Soares | Direção musical: Ivaldino Junior | Percussão: Eden Gordo, Alex Jaga e Ivaldino Junior | Som direto: Carlos Alberto Zangado / Edição e finalização: Lucas Ferraz | Acessibilidade e audiodescrição: Sandra Rosa | Intérprete de Libras: Irzyane Cazumba | Consultora: Sandra Vicente | Local de gravação: Instituto Oyá – Sala Cênica da Mata, Salvador (BA).

​​​​​​​Agenda dos contemplados da Região Nordeste

Dia 25 de agosto, quarta-feira, às 20h

Espetáculo Plenitude, da Cia. de Dança Eficiente (Piauí)

Dia 1º de setembro, quarta-feira, às 20h

Montagem Ah, se eu fosse Marilyn!, do diretor, coreógrafo e dançarino Edu O. (Bahia)

Dia 8 de setembro, quarta-feira, às 20h
Espetáculo Proibido Elefantes, da Companhia Giradança (Rio Grande do Norte)

Agenda dos contemplados das demais regiões

Região Centro-Oeste – Dia 15 de setembro

Região Sudeste – Dia 13 de outubro      

Região Norte (espetáculos já disponíveis): Lua de Mel, da Cia. Lamira Artes Cênicas (TO); Maculelê: Reconstruindo o Quilombo, do Grupo de Dança Reconstruindo o Quilombo (RO); e Solatium, do Corpo de Dança do Amazonas (AM)

Região Sul (espetáculos já disponíveis): Flamenco Imaginário, da Cia. Del Puerto (RS); Convite ao Olhar, da Cia. de Dança Lápis de Seda (SC); e Do Avesso, do Grupo Nó Movimento em Rede (PR)

Região Nordeste (espetáculos já disponíveis): Estado de Apneia, do Grupo Movidos Dança Contemporânea (RN); Ensaio sobre o Silêncio, da coreógrafa Taciana Gomes (PE), e Maré – Versão virtual e acessível (RN)

Os vídeos ficam disponíveis no canal da Funarte no YouTube após a exibição

Realização

Fundação Nacional de Artes – Funarte | Centro de Artes Cênicas | Coordenação de Dança

Secretaria Especial da Cultura | Ministério do Turismo | Governo Federal

Mais informações para o públicodanca@funarte.gov.br

Etiquetas do artigo:
· · ·
Categorias de artigos:
Geral
banner

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

The maximum upload file size: 20 MB. You can upload: image, audio, video, document, text, other. Links to YouTube, Facebook, Twitter and other services inserted in the comment text will be automatically embedded. Drop file here

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Bem vindo a Tribuna do ABCD

Tribuna do ABCD