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fev 3, 2021
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Nakata vai fechar fábrica de Diadema e transferir produção para Extrema

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Os trabalhadores da Nakata, fabricante de autopeças com unidade em Diadema, paralisaram a produção nesta terça-feira (2) em protesto contra o fechamento da planta e a transferência das operações para Extrema (MG) até o final de março. Durante assembleia realizada pela manhã, os funcionários decidiram iniciar uma série de mobilizações em defesa dos 225 empregos.

O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC informou que se reuniu com representantes da Nakata na última segunda-feira e que não houve abertura de diálogo por parte da empresa. O anúncio teria surpreendido os trabalhadores, já que, segundo a entidade, não houve tentativa de negociação prévia.

“Esta unidade sempre teve alta lucratividade, nunca falou em sair daqui e agora descobrimos que, há quatro anos, vem se organizando para deixar a cidade. Sem nenhum comunicado anterior aos trabalhadores e ao sindicato, (a Nakata) nos chamou ontem (segunda) com a decisão tomada”, ressaltou o secretário-geral da entidade, Moisés Selerges.

A Nakata possui fábricas em Diadema – onde está há 65 anos – e Osasco, na Grande São Paulo, além de centros de distribuição em San­­­to André e Extrema. Em 2019, a empresa foi adquirida pela multinacional brasileira Fras-le, em um negócio de R$ 457 milhões.

Procurada pela reportagem, a Nakata informou que a transferência da produção de amortecedores de Diadema para Extrema começa no final de março, com conclusão prevista para o mês seguinte, e visa otimizar processos e aumentar a sinergia dos negócios da companhia. “Neste momento, nossa maior preocupação é com nossos colaboradores. Por isso, estamos empenhados em estabelecer um pacote de desligamento satisfatório. Sabemos que o momento é sensível para todos, e queremos garantir que todos se sintam atendidos, reconhecidos, valorizados e suportados”, diz a nota da empresa.

Também procurada pela reportagem, a Prefeitura de Diadema informou que o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Joel Fonseca, acionou o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC para agendar reunião conjunta com a direção da Nakata a fim de entender as razões da saída de Diadema e saber se há como reverter a situação.

ARTEB

Na semana passada, a Arteb anunciou a demissão de 200 trabalhadores da fábrica de autopeças situada em São Bernardo, sob o argumento de que teria sido impactada pelo fechamento das fábricas da Ford. Os funcionários interromperam a produção por três dias, mas voltaram ao trabalho depois que a empresa assumiu o compromisso de recontratar parte dos demitidos em setembro, quando começará um contrato de fornecimento para a Fiat.

“É a política de Brasília, ou a falta dela, que decide o futuro aqui. As fábricas estão parecendo barracas de feira: cada dia está em um lugar, e o governo só quer plantar soja, milho e derrubar árvores. Temos de discutir isso”, afirmou Selerges.

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