Cerca de 1,1 milhão de pessoas que estavam afastadas do trabalho devido ao distanciamento social provocado pela pandemia de covid-19 retornaram às atividades na primeira semana de agosto, na comparação com a quarta semana de julho. O dado é da edição semanal da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Covid-19, divulgada ontem (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Não houve resultados na quinta semana de julho por causa de uma parada técnica na pesquisa.
Entre a quarta semana de julho e a primeira semana de agosto, caiu de 5,8 milhões para 4,7 milhões o número de pessoas que estavam afastadas por causa da pandemia. Também caiu de 3,0 milhões para pouco mais de 2,2 milhões o grupo que estava distante do trabalho por outro motivo, seja por licença maternidade ou doença. Por outro lado, aumentou a população ocupada que não estava afastada (74,7 milhões).
“Isso significa que essa população afastada, por conta da pandemia ou por outros fatores, está retornando ao trabalho que tinha”, analisou a coordenadora da pesquisa, Maria Lúcia Vieira, acrescentando que, desde o início de maio, quando a pesquisa começou, a população ocupada que não estava afastada aumentou em 10,8 milhões.
O contingente de ocupados que trabalhavam de forma remota ficou estável na primeira semana de agosto em 8,6 milhões. O grupo de pessoas que gostariam de trabalhar, mas não procuraram emprego por causa da pandemia ou por falta de trabalho na localidade em que vive somou 18,3 milhões.
Maria Lúcia também destacou estabilidade na população ocupada (81,6 milhões) e desocupada (12,6 milhões). A taxa de desemprego ficou em 13,3%, contra 13,7% apurados na quarta semana de julho. No início da Pnad Covid-19, em maio, 9,8 milhões estavam sem trabalho.
“A gente observou queda na população desocupada no início de julho, mas houve estabilidade a partir de então”, disse a coordenadora da pesquisa.
INFORMALIDADE
A taxa de informalidade (34,2%) também ficou estável na comparação com a quarta semana de julho. Isso representava 27,9 milhões de pessoas na informalidade, cerca de 2,0 milhões a menos do que o contingente do início de maio.