A pandemia de Covid-19 impactou todos os setores da economia. Comércio, indústria e serviços sentiram o baque das medidas impostas para impedir o avanço do coronavírus e muitos trabalhadores perderam o emprego. Os aposentados, grupo formado em sua maioria por idosos, também foram afetados. Segundo dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios) Contínua 2020, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o grupo de pessoas que recebiam aposentadoria teve baixa de 1,2 milhão de indivíduos em 2020 na comparação com 2019.
De acordo com o levantamento, 13% da população brasileira era beneficiária do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) em 2019. No ano seguinte, o percentual baixou para 12,4%. Antes da chegada da pandemia havia 27,4 milhões e esse número foi reduzido para 26,2 milhões.
A queda está diretamente ligada ao coronavírus. “Pode ser efeito da mortalidade da Covid-19, mas também de um represamento do INSS em liberar os benefícios, porque as agências de atendimento estavam fechadas, as pessoas não conseguiam fazer perícias”, afirmou Alessandra Scalioni Brito, analista do IBGE.
Os postos de atendimento ficaram fechados de março até setembro. Durante esse período, o único canal de atendimento era o aplicativo Meu INSS.
No Grande ABC, o retorno foi com uma agência a menos. A de Diadema deverá retomar suas atividades somente em março do próximo ano. Em maio de 2019 os móveis foram retirados do prédio no Centro da cidade, o que gerou comentários de que o posto deixaria de existir.
Em outubro o prefeito José de Filippi Júnior (PT) informou que a agência voltaria a funcionar, mas em outro endereço, vai ocupar o prédio onde também funciona o Poupatempo, mas a entrada do público será pela Rua Marechal Floriano. As instalações passam por reforma e a entrega é estimada para março.
Os sete municípios, segundo dados do INSS, contam com 354,5 mil aposentados. Desse montante, 283,6 mil continuam trabalhando para completar a renda. O valor médio das aposentadorias é de R$ 1.937.
O INSS tem cerca de 1,8 milhão de requerimentos de aposentadoria em espera de análise. O número alto vem desde 2019. Neste período ocorreram pequenas variações. Em 2020, o órgão federal fechou o ano com 1,7 milhão de pedidos na fila.
Antes da pandemia, o presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou a falar em colocar militares da reserva para atendimento, mas a ideia acabou abandonada.
