Em plena campanha, partidos têm registrado reclamações de candidatos por causa da distribuição dos recursos do fundo eleitoral transferidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) à s siglas no inÃcio do mês. As mais comuns são a queixa de que pessoas ligadas aos caciques das siglas ou a deputados federais têm sido privilegiadas em detrimento dos demais.
Foi o que aconteceu no PSL, que teve uma briga pública após o candidato Abou Anni Filho, filho do deputado federal Paulo Sérgio Abou Anni (PSL-SP), receber um depósito de R$ 2 milhões, enquanto outros nem sequer receberam recursos. O PSL tem 83 candidatos a vereador neste ano. A deputada Joice Hasselmann, candidata à Prefeitura de São Paulo pela legenda, disse na sabatina do Estadão que houve uma reunião da executiva nacional para tratar da distribuição do fundo.
No PSOL, candidatos a vereador se surpreenderam com o envio, em grupo no WhatsApp, de uma planilha com os critérios para a distribuição do fundo com base em uma classificação por “faixa de prioridade”, que vai de A a D. Se o candidato não é considerado “prioritário”, ele recebe R$ 5.116,45 – o menor repasse previsto pela legenda. Ainda assim, muitos candidatos não receberam nada ou menos do que o prometido.
“A pressão é gigantesca, mas, como estamos embasados com critérios, fica mais tranquilo para trabalhar”, afirmou o tesoureiro nacional do PSDB, César Gontijo. Os tucanos reservaram 40% dos recursos para nomes indicados pelos deputados. Um aplicativo calcula o número de candidatas mulheres e negras, e o restante é distribuÃdo segundo critérios que priorizam cidades com dois turnos e número de eleitores, pesquisas e avaliação polÃtica.