Pesquisadores financiados pelo Instituto Butantan, em São Paulo, descobriram duas novas sublinhagens da variante delta do coronavírus. As mutações, até o momento, não se mostraram mais letais ou transmissíveis.
Os resultados foram divulgados em estudo publicado no site Medrxiv, mas ainda precisam ser revisados. O grupo de cientistas é comandado pela biomédica Sandra Coccuzzo. Eis a íntegra, em inglês (540 KB).
A variante delta, segundo o estudo, é uma mutação diversa e mais de 120 subgrupos já foram identificados. No Brasil, a alta taxa de vacinação pode ter ajudado a frear uma possível nova onda de casos relacionados às mutações, dizem os pesquisadores.
As novas linhagens, batizadas de AY.43.1 e AY.43.2, provavelmente originaram-se no Brasil. Foram descobertas na cidade de São Paulo.
“O monitoramento do genoma SARS-CoV-2 é crucial para a pronta caracterização de novas linhagens e sublinhagens da doença. Por esta abordagem, é possível detectar a tempo a presença de novas variantes e implementar estratégias para prevenir a sua disseminação”, dizem os pesquisadores.
As descobertas narradas no estudo não estão relacionadas à variante ômicron, registrada pela 1ª vez na África do Sul.