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set 14, 2020
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Puxado por alimentos e gasolina, IPCA é o maior para agosto em quatro anos

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Puxada por altas nos alimentos e na gasolina, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, ficou em 0,24% em agosto, maior va­riação para o mês desde 2016, embora te­nha desacelerado em relação a julho (0,36%). No ano, o indicador acumula alta de 0,70% e, em 12 meses, de 2,44%.

Segundo o Instituto Brasi­lei­ro de Geografia e Estatística (IBGE), pesaram mais no bolso do consumidor, principalmente, a gasolina, que subiu pelo terceiro mês seguido, e os alimentos, que chegaram a registrar certa estabilidade em julho, mas voltaram a subir em agosto.

Em agosto, os alimentos pa­­ra consumo no domicílio ti­ve­ram alta média de 1,15% no IPCA. Os itens que mais in­fluencia­ram essa elevação fo­ram tomate (12,98%), óleo de soja (9,48%), leite longa vida (4,84%), frutas (3,37%) e carnes (3,33%).

Porém, é a alta em dois componentes básicos da alimentação do brasileiro – arroz e feijão – que aumentou a percepção de inflação nas gôndolas dos supermercados e preocupou o governo, temeroso de que os preços altos prejudiquem a popularidade do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

“O arroz acumula alta de 19,25% no ano e o feijão, dependendo do tipo e da região, de mais de 30%. O feijão preto, muito consumido no Rio de Janeiro, acumula alta de 28,92% no ano e o feijão carioca, de 12,12%”, explicou Pedro Kislanov, gerente da pesqui­sa. Normalmente vendido por cerca de R$ 15, o pacote de 5 kg de arroz chega a custar R$ 40 em alguns estabelecimentos.

Kislanov destacou que os alimentos estão mais caros no varejo por causa do aumento nas exportações brasileiras e da alta do dólar, mas também devido à pressão da demanda doméstica, aquecida pelo pa­gamento do auxílio emergencial. O problema é que a subida nos preços ocorre justamente no momento em que o gover­no reduz a parcela do benefício de R$ 600 para R$ 300.

“O auxílio emergencial foi importante para sustentar a demanda e o preço de alguns produtos da cesta mais básica, como arroz e feijão, e pode continuar sustentando nos pró­xi­mos meses”, disse Kislanov.

GASOLINA

Item de maior peso indivi­dual no IPCA, a gasolina ficou 3,22% mais cara em agosto e contribuiu para que o grupo Trans­portes tivesse o maior impacto (alta de 0,78%) no índice.

No sentido contrário, o gru­po que mais segurou o IPCA de agosto foi o Educação (-3,47%), favorecido pelos descontos aplicados por várias instituições de ensino em suas mensalidades durante o período de isolamento em função da pandemia de covid-19, em virtude da suspensão das aulas presenciais. Os preços dos cursos regulares caíram 4,38%.

A alimentação fora do do­mi­cílio seguiu em queda (-0,11%), mas menos intensa que a veri­ficada no mês anterior (-0,29%).

 

Economia confirma decisão da Camex de zerar alíquota de importação de arroz

O Ministério da Economia confirmou, em nota, que a Comitê-Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiu zerar a alíquota do imposto de importação para o arroz em casca e beneficiado até 31 de dezembro deste ano. A informação foi antecipada pelo Grupo Estado. A isenção abrange uma cota de 400 mil toneladas e valerá para arroz com casca não parboilizado, arroz semibranqueado ou branqueado, não parboilizado.

A decisão foi tomada em reunião realizada ontem (9), após proposta feita pelo Ministério da Agricultura.

O Gecex é o núcleo da Camex responsável por definir alíquotas de importação e exportação e fixar medidas de defesa comercial. Tem representantes da Presidência da República e dos Ministérios da Economia, das Relações Exteriores e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

O Grupo Estado mostrou no final de agosto que, preocupado com o aumento dos pre­ços no mercado interno, o gover­no avaliava retirar temporaria­men­te as tarifas de importação pa­ra o arroz, milho e soja.

Na reunião da Camex de ontem foi analisada a desoneração apenas para o arroz, cujo preço disparou nas últimas semanas, com o pacote de 5 kg chegando a custar R$ 40 (normalmente, é vendido por cerca de R$ 15).

Para o Ministério da Agricultura, a cota de 400 mil toneladas é suficiente para ajudar a conter a subida no preço do arroz e garantir que não faltará produto nas prateleiras.

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