A Petrobras confirmou que, a partir desta quarta-feira (27), vai subir o preço da gasolina em 5% e do diesel em 7% nas refinarias. O anúncio ocorre em meio a um cenário de alta no preço do petróleo e de expectativa de avanços na descoberta de vacina para o novo coronavírus. Trata-se da quarta alta consecutiva no preço da gasolina em três semanas.
O movimento ascendente reflete os preços internacionais do petróleo, que iniciaram trajetória de recuperação motivada pela retomada da atividade econômica em alguns países.
Maio marcou a reversão no comportamento dos preços dos combustíveis praticados pela Petrobras. Depois da queda nos últimos meses, o preço da gasolina nas refinarias acumula alta de 44,9% neste mês, enquanto o diesel subiu 15,5%. A variação mais recente, porém, ainda não chegou ao consumidor final.
No acumulado do ano, a gasolina acumula redução de 30,9% e o diesel, de 35,4%.
O preço final ao consumidor depende do mercado, já que cada posto tem sua própria política de preços, sobre os quais incidem impostos, custos operacionais e de mão de obra.
Segundo levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), com dados compilados pela Redação, a gasolina era vendida, em média, por R$ 3,686 o litro no ABC entre os dias 17 e 23 de maio, queda de 1,1% ante o apurado na semana anterior (R$ 3,726). Na mesma comparação, o etanol ficou 1,76% mais barato e passou a custar R$ 2,372 o litro.
Pela oitava semana consecutiva, o etanol é mais vantajoso para os proprietários de automóveis flex no ABC. Atualmente, o renovável custa o equivalente a 64,4% do preço da gasolina. O derivado da cana de açúcar é competitivo quando essa relação é inferior a 70%. Acima de 70,5%, a gasolina deve ser a escolhida. Entre 70,0% e 70,4% o uso é indiferente.