As cerimônias de fim de ano nos convidam, inevitavelmente, para uma reflexão sobre tudo o que aconteceu no ecossistema encefálico, que girou ao nosso redor nos últimos 365 dias.
Este período, embora naturalmente sugira palavras como fim e término, pode, apesar de tudo, nos levar a caminhos que não necessariamente conduzam ao encerramento, mas, como uma pausa de alguns compassos, tal e como na música, nos colocam em regozijados acordes.
Com todo essa egrégora de início, meio e…até logo, a Tribuna do ABCD, fundada em 1991 pelo eterno decano do jornalismo regional, o Chanceler Comendador Antonio Julio Pedroso de Moraes, escreve, nesta edição, mais um importante capítulo de sua história.
Um ano após a partida de seu mentor intelectual, a família Pedroso de Moraes colocou, em período sabático, este pilar da imprensa escrita.
Por se tratar de alguém que, em meio século, brincou com palavras e, por tão entendedor das mesmas fez delas o ofício de uma família, a atual edição da Tribuna é uma vírgula indelével na história contemporânea do ABC.
Nos mais de 50 anos de jornalismo vividos por Pedroso e, em 31 destes que, sem hipérboles, se confundem com as principais narrativas do país, com todos os eventos viscerais e históricos, a Tribuna do ABCD, assinada por Pedroso, Almeria e Mariana, passa, a partir desta edição, por uma importante vírgula.
Como toda vírgula sugere, não é o fim! A família Pedroso de Moraes coloca uma pausa na assinatura de um ícone da imprensa regional.
O que o Comendador criou, não tem ponto final! É só um “até logo”! Assim como uma energia que se renova todos os anos.
Feliz Ano Novo!
O que Pedroso criou estará, eternamente, pronta para narrar as próximas vírgulas da história.
* Guilherme Renso, escritor e jornalista
