Em meio à alta nas cotações do petróleo no mercado internacional, a Petrobras anunciou na última sexta-feira (11) aumento nos preços do gás de cozinha e redução nos valores da gasolina nas refinarias.
A estatal elevará em 5,9% o preço médio do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), o chamado gás de cozinha, para R$ 3,40 o quilo, a partir de segunda-feira (14). Com isso, o botijão de 13 kg passa a ser negociado nas refinarias a R$ 44,20.
O último reajuste no preço do produto havia sido aplicado no dia 2 de abril, alta de 5%.
Em 2019, a Petrobras passou a reajustar o GLP mensalmente. Porém, desde que o general Joaquim Silva e Luna assumiu a presidência da estatal, em abril, o processo foi interrompido e, em maio, não houve reajuste.
Na semana passada, o botijão de 13 kg era vendido, em média, por R$ 85,46 na região, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), com dados compilados pelo Estadão.
Mais cedo, a Petrobras reduziu o preço da gasolina em 2%, para R$ 2,53 o litro, nas refinarias a partir de hoje. O último ajuste havia sido feito em 1º de maio, quando a estatal havia reduzido o preço do combustível em 2%.
Apesar da redução anunciada nesta sexta-feira, a gasolina acumula alta de 37,5% este ano nas refinarias. Nos postos de combustível da região, o derivado do petróleo avançou 27,6% no mesmo período.
Ainda segundo a ANP, a gasolina era vendida, em média, por R$ 5,43 o litro na região na semana passada.
Para definir o preço dos seus produtos, a Petrobras considera tanto as cotações do dólar quanto do petróleo no mercado internacional, além dos custos logísticos de importação.
CÂMBIO AJUDOU
O preço do barril de petróleo ultrapassou nesta semana o patamar de US$ 70, nível que não era visto desde maio de 2019. O avanço, porém, não tem sido repassado pela Petrobrás para os preços. A explicação é que a valorização do real frente ao dólar nas últimas semanas tem ajudado a estatal a manter os preços inalterados em suas refinarias.