Depois do pronunciamento oficial feito na noite desta terça-feira, 24, em que contrariou todas as recomendações das autoridades sanitárias para este perÃodo de quarentena em razão do avanço da pandemia de coronavÃrus, o presidente Jair Bolsonaro voltou a defender, na manhã desta quarta-feira, em suas redes sociais, que o Brasil não pode parar.
Em um post divulgado em sua conta pessoal no Twitter, o mandatário disse que “38 milhões de autônomos já foram atingidos e se as empresas não produzirem não pagarão salários”. E continuou: “Se a economia colapsar os servidores também não receberão. Devemos abrir o comércio e tudo fazer para preservar a saúde dos idosos e portadores de comorbidades.”
No post, o presidente divulgou vÃdeo com uma foto em que aparece ao lado do presidente dos EUA, Donald Trump, com a seguinte frase: “O Brasil não pode acabar” para reiterar que o homólogo norte-americano está na mesma linha que ele, defendendo que os prejuÃzos da economia paralisada, com a quarentena, poderão ser mais danosos do que o próprio vÃrus.
Bolsonaro vai pedir o isolamento só para grupo de risco
O presidente Jair Bolsonaro afirmou que pedirá ao Ministério da Saúde mudança na orientação de isolamento da população durante a pandemia do novo coronavÃrus apenas para idosos e pessoas com comorbidades (outras doenças). Ao deixar o Palácio da Alvorada, Bolsonaro relatou que vai conversar com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, sobre a decisão.
“Conversei por alto com o Mandetta ontem (terça-feira). Hoje vamos definir essa situação. Tem que ser, não tem outra alternativa”, disse Bolsonaro ao deixar o Palácio da Alvorada. “A orientação vai ser vertical daqui para frente. Eu vou conversar com ele e tomar a decisão. Não escreva que já decidi, não. Vou conversar com o Mandetta sobre essa orientação.”
Segundo Bolsonaro, foi ele mesmo quem escreveu o discurso transmitido em rede nacional, em que contrariou todas as recomendações das autoridades sanitárias para este perÃodo de quarentena, em razão do avanço da pandemia.