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nov 1, 2021
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Estados congelam ICMS sobre combustíveis por três meses

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Os Estados aprovaram, por unanimidade, o congelamento do valor do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cobrado nas vendas de combustíveis por 90 dias, até o final de janeiro de 2022, como forma de mi­tigar a elevação dos preços pa­ra o consumidor final.

A decisão foi tomada ontem (29) durante reunião extraordinária do Conselho Nacional de Política Fazen­dária (Confaz), colegiado que harmoniza as normas do imposto – cobrado pelos Es­tados – e que conta com a pre­sidência do Ministério da Eco­nomia. A articulação para o congelamento foi antecipada pela Coluna do Estadão.

O preço dos combustíveis é composto pelo valor cobrado pela Petrobras nas refinarias (atrelado ao câmbio e ao preço do petróleo no mercado internacional), mais tributos federais (PIS/Pasep, Cofins e Cide) e estaduais (ICMS), além das margens de distribuição e revenda e do custo do biocombustível – biodiesel, no caso do diesel, e etanol, no da gasolina.

O ICMS é reajustado a ca­da 15 dias. Cada Estado tem competência para definir a alíquota do tributo. Segundo a Federação Nacional do Comércio de Combustíveis (Fecombustíveis), a alíquota varia entre 25% e 34% na gasolina, dependendo do Estado.

A iniciativa dos governadores é uma tentativa de ga­nhar tempo para evitar que um projeto já aprovado na Câmara, o qual altera a forma de cobrança do imposto, passe também no Senado.

A maioria dos Estados es­tava inflexível ao congelamento proposto pelos governos do Maranhão e de Minas Gerais, mas o quadro mudou com a pressão feita pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) – que, numa votação relâmpago realizada em meados de outubro, conseguiu aprovar o projeto com 392 votos a favor e 71 contra.

O projeto, porém, é consi­derado inconstitucional pelos Estados por interferir em sua autonomia de legislar sobre seu próprio tributo, além de ferir a Lei de Responsabili­dade Fiscal (LRF), que exige medidas compensatórias para renúncias de receitas.

RESPOSTA POLÍTICA

Os governadores consi­de­­ram que a aprovação foi uma resposta política, e não eco­nômica. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem responsabilizado os Estados pela alta dos combustíveis.

A saída foi buscar agora a aprovação desse congelamento, que vinha sendo costurado pelo ex-secretário de Tesou­ro e Orçamento, Bruno Fun­chal, que pediu demissão e foi exo­nerado do cargo. Funchal presidia o Confaz.

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