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ago 19, 2021
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Pandemia reduz em 28% consumo de produtos não essenciais no ABC

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A economia do ABC deve re­cuperar neste ano boa parte do consumo reprimido em 2020 pela pandemia de covid-19, mas essa retomada não será ho­­­mogênea. Enquanto gastos com alimentação e medicamentos foram pouco afetados, o va­rejo considerado não essencial ainda deve demorar para retornar ao patamar de 2019, an­terior à crise sanitária.

É o que mostram dados do IPC Maps 2021, da IPC Marke­ting Editora. Segundo o estu­do, os 2,8 mi­­­lhões de habitantes da região de­verão consumir R$ 85,1 bi­­lhões neste ano, montante 10,1% superior em termos reais (descontada a inflação) ao es­timado para 2020. Contra o ano anterior à pandemia, porém, haverá redução de 2,1%.

Levando-se em conta ape­nas o varejo considerado não essencial, a po­­­pu­lação do ABC vai gastar R$ 5,5 bilhões neste ano, va­lor 8,7% superior ao estimado pa­ra 2020. A variação, porém, esconde a base de comparação bastante deprimida. Prova disso é que, em relação a 2019, a projeção é de queda de 28,2%.

Para esse estudo, a IPC Marketing considerou o potencial de consumo do ABC nos segmentos de mobi­liário, eletroeletrônicos, vestuá­rio, cal­­çados e jóias/bijuterias – justamente aqueles que foram mais impac­tados pelas restrições ao funci­o­namento do comércio impostas tanto na primeira como na segunda onda da pandemia.

Lojas de móveis, eletro­eletrônicos, vestuário e con­cessio­nárias de veículos, entre ou­tras, tiveram de baixar as portas nas fa­ses mais agudas da pandemia, enquanto supermer­ca­dos, farmácias e açougues permaneceram abertos, ainda que com restrições de ocu­pação e horário.

“Os dados mostram que a economia vai crescer em 2021, mas a recuperação não será igual para todos. Esses setores (não essenciais) sofreram mais com a pandemia e vão demo­rar mais tempo para voltar (ao patamar pré-crise)”, expli­cou o coordenador do IPC Maps, Marcos Pazzini.

A partir desta terça-feira (17), o Estado de São Paulo não terá mais restrições ao funcionamento do comércio. No ABC, porém, o Consórcio Intermunicipal manteve as medidas atuais até o próximo dia 31, quando deverão cair todas as limitações de horário e ocupação.

O problema, destacou Pazzini, é que agora o que impede a recuperação mais robusta do varejo não essencial é o aumento do de­semprego e da inflação, bem como a perda da renda de boa parte das famílias, o que afeta com mais intensidade o consumo desses itens. “Em setores como o de eletroeletrônicos e de vestuário, as perdas nas vendas em comparação a 2019 devem superar a casa de 30%”, disse.

A redução no consumo não essencial vai atingir todas as classes sociais, mas será menor no extrato D/E (-15,8%) e maior no B1 (-36,7%).

ESTABELECIMENTOS

O coordenador do IPC Maps 2021 destacou que o varejo não essencial foi o principal responsável pela redução no número de comércios no ABC durante a pandemia. Segundo o estudo, os sete municípios fecharam 17,1 mil estabelecimentos no ano passado, o que reduziu o total pa­ra pouco menos de 67 mil. Só no varejo, 14,3 mil baixaram as portas definitivamente.

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