As restrições mais duras implementadas pelas sete prefeituras do ABC desde o último sábado (27) para ampliar o isolamento social e, consequentemente, reduzir o número de casos e mortes por covid-19 não aumentaram o confinamento no primeiro fim de semana de feriadão, que compreende nove dias. As taxas mantiveram-se estáveis em relação às da semana passada e, em algumas cidades, tiveram leve queda.
O isolamento social é preconizado pela Saúde estadual e municipais como única forma, neste momento que a vacinação ainda não chegou à toda a população, de combater o crescimento dos casos, internações e mortes por covid.
Segundo dados divulgados pelo governo do Estado, a adesão ao “fique em casa” é maior aos domingos e não foi diferente neste fim de semana – que teve, entre outras medidas mais duras, o fechamento antecipado dos serviços essenciais das 19h para as 17h e a proibição da venda de bebidas alcoólicas.
Com 153.057 casos de covid-19 e 5.493 mortes pela doença desde o início da pandemia até o último domingo (28), o ABC – que, assim como o restante do Estado, está na fase emergencial do Plano São Paulo de combate à pandemia – registrou média móvel nos últimos sete dias de 942 casos e 41 mortes por covid-19 diariamente.
Rio Grande da Serra é a única cidade do ABC que mantém taxas de isolamento acima dos 50% – mínimo preconizado pelo Estado para que haja queda nos números da covid. Neste fim de semana, a cidade registrou taxa de isolamento de 58% no domingo e de 55% no sábado. Nos dias 20 e 21, os porcentuais foram, respectivamente, 59% e 55%.
São Bernardo teve alta de um ponto porcentual no isolamento neste fim de semana em relação ao anterior, de 54% no domingo e 49% no sábado. Santo André, por sua vez, manteve os mesmos porcentuais nos dois finais de semana: 46% no sábado e 51% no domingo.
São Caetano registrou alta de dois pontos porcentuais no último domingo, para 52% de isolamento. No sábado, a taxa ficou estável em 45%. Diadema manteve 49% em ambos os domingos, mas no último sábado registrou 44%, contra 46% no dia 20.
Ribeirão Pires, que foi destaque no indicador de isolamento no ano passado, durante a primeira onda da pandemia, teve índices menores neste final de semana de restrições mais duras – 50% no domingo e 45% no sábado, contra, respectivamente, 52% e 47%. Mesmo movimento foi verificado em Mauá, que registrou queda de um ponto porcentual no isolamento em relação aos dias 20 e 21: 46% no último domingo e 43% no sábado.
Ao Diário Regional, o secretário de Saúde de Ribeirão Pires, Audrei Rocha, destacou que a resistência da população a ficar em casa está relacionada ao fato de a pandemia não ser mais novidade. “A verdade é que as pessoas perderam o medo. Por outro lado, já não é mais novidade. Temos muitas pessoas que não acreditam nesse vírus, até que chega perto de alguém que ela ama”, destacou.
