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ago 30, 2021
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Bares e restaurantes do ABC começam a repor vagas fechadas na pandemia

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O afrouxamento das res­­tri­ções à atividade econômica, a me­lhora nos indicadores da pan­demia de covid-19 e o avan­ço da vacinação têm anima­do os empresários do setor de hospedagem e alimentação do ABC, que começam a repor as vagas eliminadas durante o pe­ríodo em que os estabelecimentos tiveram de ficar fechados.

Com isso, chapeiros, ajudantes de cozinha, garçons, ar­rumadeiras e recepcionistas vol­tam a encontrar oportunidades de trabalho nos estabe­lecimentos do setor na região.

Para o presidente do Sindicato das Empresas de Hospe­dagem e Alimentação do ABC (Sehal), Beto Moreira, o aumento do movimento tende a elevar a demanda pelos profissionais. “Ainda não chega a ser o mesmo (movimento) visto antes da pandemia. Porém, aos poucos, os donos de bares e restaurantes começam a vislumbrar um futuro melhor – pelo menos, os que conseguiram resistir à crise que afetou duramente o setor”, afirmou.

A crise provocada pela pandemia no setor foi devastadora. Segundo o Sehal, o ABC tinha cerca de 23 mil estabelecimentos de hospedagem e alimentação antes da crise sanitária. Ago­ra restam 16 mil. Na mesma comparação, o estoque de trabalhadores do setor enco­lheu de 90 mil para 60 mil.

“As empresas têm chamado de volta os empregados que estavam com contratos suspensos ou reduzidos. Isso já é um bom sinal de retomada. Para um garçom que ficou desempregado, o retorno ao serviço significa recuperação do poder de compra”, explicou a advogada Denize To­nelotto, diretora do Sehal.

O Bar do Bolinho tinha 40 funcionários em suas três unidades, situadas em São Bernardo (duas) e Santo André (uma), mas teve de dispensar 20% em 2020 e agora está repondo o pessoal. “Acredito que dentro de dois meses vamos conseguir norma­lizar o quadro”, disse a proprietária Luciana Hidaka.

A empresária comentou que, no período de lojas fechadas, enfrentou grandes dificuldades. “Manter folha de pagamento, encargos, despesas administra­tivas, taxas e impostos sem ter movimento tornou quase impossível seguir em frente. O que nos ajudou foi o delivery, formato que já praticávamos.”

Beto Moreira, presidente do Sehal, entende que o afrouxamento das restrições, pelas prefeituras, não é o suficiente. “O que os prefeitos precisam fazer é ajudar o setor reduzindo impostos e facilitando a renovação dos alvarás de funcionamento.”

O dirigente come­morou a decisão do Consórcio Intermunicipal de não adotar, no ABC, o chamado “pas­saporte da vacina”, exigência de compro­vação de imunização para que clientes tenham acesso a bares, restaurantes e shoppings. “Ao invés de ficar a reboque do que é feito em São Paulo, o prefeitos deveriam olhar aqui, primeiramente, e ajudar o setor, que viveu situação caótica e tem dificuldades com a retomada.”

A cervejaria Madalena retomou a programação de eventos na fábrica-bar situada em Santo André. Com a flexibilização, a marca volta a abrir de terça a domingo. “Estamos funcionando com 80% da capaci­dade, seguindo todas as medidas de segurança”, afirmou o gerente de marketing da marca, Renan Leo­nessa.

O gerente recorda que, no início da pandemia, a Madalena teve de fechar a fábrica-bar e se reinventar rapidamente. “Intensificamos o delivery, lançamos novas embalagens para transporte, criamos um drive-thru na fábrica e em parceria com postos de combustível. Com essas inovações, a marca conseguiu baixar a redução do faturamento de 70% para 30% e gerar empregos indiretos. Diminuímos o lucro, mas mantivemos os empregos e a produção”, complementou.

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