Os economistas do mercado financeiro reduziram a previsão para o tombo Produto Interno Bruto (PIB) de 2020, revisando a estimativa de redução de 5,52% para 5,46%. Essa foi a oitava semana seguida de melhora do indicador.
A projeção faz parte do boletim de mercado Focus, divulgado ontem pelo Banco Central (BC). Os dados foram levantados na semana passada em pesquisa com mais de 100 instituições financeiras.
A expectativa para o nível de atividade foi feita em meio à pandemia de covid-19, que tem derrubado a economia mundial e colocado o mundo no caminho da recessão. Nas últimas semanas, porém, indicadores têm mostrado o início de retomada no Brasil.
No embalo recente de melhora de indicadores econômicos e primeiro resultado positivo no mercado de trabalho formal desde a chegada da pandemia de covid-19 no país, o governo avalia que a recessão em 2020 poderá ser menor do o que esperado e girar em torno de 4% e 4,5%. Para 2021, a expectativa do mercado financeiro de crescimento do PIB foi mantida em 3,50%.
Segundo o relatório, os analistas do mercado elevaram a estimativa de inflação para 2020 de 1,67% para 1,71%. A expectativa de inflação do mercado para este ano segue abaixo da meta central, de 4%, e também do piso do sistema de metas, que é de 2,5%.
Pela regra vigente, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, pode oscilar de 2,5% a 5,5% sem que a meta seja formalmente descumprida. Quando não é cumprida, o BC tem de escrever uma carta pública explicando as razões.
Após a queda na Selic para 2% ao ano na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), no começo de agosto, o mercado segue prevendo a manutenção da taxa básica de juros da economia neste patamar até o final deste ano.