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jul 14, 2021
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No Grande ABC, cesta básica encareceu 25% no último ano

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A cesta básica encareceu 25,17% em junho em comparação ao mesmo mês de 2020 no Grande ABC. O kit com 34 itens em quantidade suficiente para suprir uma família de quatro pessoas por 30 dias foi de R$ 730,69 para R$ 914,64, o equivalente a 83% do salário mínimo, atualmente em R$ 1.100. O principal vilão do período foi o óleo de soja, cuja embalagem com 900 mililitros teve alta de 94,99%, saltando de R$ 3,96 para R$ 7,72. Os dados são do levantamento mensal da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André).

Reinaldo Messias, superintendente da Craisa, explicou que um dos principais fatores responsáveis pela alta nos alimentos é a desvalorização do real frente ao dólar – ontem, a divisa ficou em R$ 5,17. Isso porque insumos para o setor de hortifrutigranjeiros, tais como adubos e fertilizantes, são comprados em dólar, portanto, o custo de produção aumentou significativamente no último ano. Além disso, o volume de exportação de commodities como a soja se torna vantajoso, diminuindo a oferta no mercado interno, o que, consequentemente, pesa no bolso dos consumidores.

Tanto que dos sete itens com os maiores reajustes no período, apenas dois (sabão em barra , cujo preço subiu 60,59%, e o arroz, que teve alta de 48,31%) não pertencem aos hortifrutigranjeiros. Os aumentos mais expressivos, além do óleo de soja, foram os da alface (82,81%), da laranja (56,55%) e da carne bovina de segunda (47,38%) e de primeira (44,2%). “Neste momento, pela nossa experiência, o recomendado é a troca de produtos, não de marcas, mas de produtos mesmo, o que é mais fácil entre os hortifrutigranjeiros”, orientou Messias.

A dica é procurar produtos de época para realizar a substituição. Atualmente, a laranja, por exemplo, pode ser trocada pela carambola, pela manga, pela banana-nanica ou pela goiaba branca. No lugar da alface, couve-flor, brócolis ninja ou espinafre podem ser usados, já que estão com preços estáveis e tendência de baixa, segundo a Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo). Rico em carboidratos, o inhame também é uma opção para complementar a refeição.

No entanto, o arroz e o feijão, figuras carimbadas no prato do brasileiro, são mais difíceis de substituir. Neste caso, Messias indica que o consumidor pesquise antes de ir às compras. “(O consumidor) Tem de andar mais, procurar a promoção em um supermercado ou outro, nos atacarejos e atacados. A produção de cestas básicas cresceu muito na pandemia, deu uma balançada no mercado, mas nada justifica um aumento tão forte que, como podemos perceber, não foi acompanhado pelos salários”, afirmou.

Os únicos itens do kit apurado pela Craisa que não encareceram no último ano foram a cebola (-23,23%), o molho de tomate (-21,78%), o feijão-carioca (-13,81%), a batata (-12,02%) e o sal refinado (-3,03%). Para as próximas semanas, Messias projeta que os produtos de hortifrúti devem encarecer ainda mais, principalmente por causa do clima frio, com geada em algumas regiões do Estado e do País, prejudicando, principalmente, o fornecimento de hortaliças.

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