A Guerra Civil, denominada Revolta Tenentista de 1924 teve início na madrugada do sábado, 5 de julho, quando descontentes com o modo de governar do presidente Artur Bernardes, um grupo de oficiais saíram do quartel do Exército no bairro de Santana (SP) e se dirigiram ao quartel da Força Pública no Bairro da Luz, tomando o comando da 2ª Região Militar e prendendo o General Abílio de Noronha.
Passo seguinte foram interrompidos os tráfegos dos trens da São Paulo Railway, afetando em especial as Estações de São Caetano e do Ipiranga.
O cenário de São Caetano ganhou o verniz da guerra quando nesse mesmo dia os soldados do Exército do 3º Grupo de Artilharia de Costa, do Forte Itaipu, em Santos sob comando do Major Alberto Eduardo Backer, depois de tentar chegar ao Ipiranga tiveram que recuar, preferindo acampar na Estação de São Caetano.
O quartel-general montado em São Caetano pertencia a tropa legalista que apoiava o governo de Artur Bernardes que enfrentava as forças militares rebeldes comandadas pelo General Isidoro Dias Lopes.
O General Góis Monteiro, no tempo em que era um jovem capitão foi um dos que estiveram acampados em São Caetano, circulando nas imediações da estação ferroviária, em especial na Rua Perrella.
Ele deixou diversos escritos sobre as ocorrências militares nas cartas escritas a sua esposa, e que se encontram no livro “Subúrbio”, do historiador José de Souza Martins.
* Pesquisa Humberto Domingos Pastore