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set 2, 2020
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Pandemia provoca saída de quase 18 mil usuários dos planos de saúde no ABC

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Os planos de saúde per­de­ram quase 18 mil usuários no ABC no segundo trimes­tre deste ano, como resultado da crise econômica que se aba­teu sobre o Brasil desde o início da pandemia de covid-19.

Entre março e junho, o nú­mero de beneficiários caiu 1,3% nos sete municípios, de 1,372 mi­lhão para 1,354 mi­lhão, mostram dados divulga­dos pela Agencia Nacional de Saúde Suplementar (ANS), com­­pilados pela Redação.

A perda de usuários ocor­re tanto nos planos coletivos empresariais – motivada pelo fechamento de postos de trabalho – como nos planos individuais e familiares – decorrente da perda de renda.

No segmento empresarial houve per­da de 8 mil benefi­ciários na passagem entre mar­ço e junho, de 1,040 mi­lhão para 1,032 milhão. Na mesma comparação, o ramo individual ou coletivo perdeu mais de 10 mil usuá­rios, de 286,4 mil para 275,9 mil.

No país, o mercado de planos de saúde registrou per­da de mais de 362 mil bene­fi­ciá­rios (-0,8%) no segundo trimestre, segundo balan­ço di­vulgado pelo Ins­­tituto de Es­tudos de Saúde Su­plemen­tar (IESS). Atual­mente, o segmento conta com 46,76 milhões de usuários.

“A partir de abril, o setor passou a registrar sucessivas baixas (no número de beneficiários), particularmente intensa em maio e menos intensa em junho, resultado do elevado número de demissões, interrupção de atividades, fechamento de empresas ou ainda da perda de poder aquisitivo”, explicou José Cechin, superintendente executivo do IESS.

Cechin lembrou que o comportamento do mercado de planos de saúde está intimamente ligado ao saldo de empregos formais no país. Isso se deve ao fato de que a maior parte dos planos é coletivo empresarial, ou seja, oferecidos pelas empresas aos colaboradores. “Além do vínculo rompido, a redu­ção da massa de rendimentos das famílias também influencia sua capacidade de manter planos individuais e familiares ou mesmo coletivos por adesão.”

No ABC, 37.042 postos de trabalho foram extintos desde março, quando o novo corona­vírus começou a se espalhar pelo Brasil, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia.

Cechin ressaltou que é difí­cil prever como o mercado de planos de saúde vai se comportar nos próximos meses. “Vai depender diretamente dos rumos da covid-19 no Brasil, do comportamento das pessoas e das ações do poder público.”

Ainda segundo a ANS, a perda de usuários no ABC ocor­­re tanto nos planos com cobertura hospitalar e ambulatorial como na modalidade exclusivamente odontológica. No primeiro ca­so, houve perda de 9,4 mil be­neficiários; no segundo, 8,3 mil usuários dei­xaram os planos.

A perda de planos de saúde preocupa as prefeituras, porque esse contingente tende a aumentar a demanda no Sistema Único de Saúde (SUS), público e gratuito.

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